quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Já não me impulsiono mais no
pulso do meu coração
Agora pondero, não mais deliro
Às vezes deliro de tanto ponderar
Não tento me achar,
me esvario
Em qualquer rua, quaisquer águas
qualquer esquina...
Me entrego pra mim mesma
como escoa um rio
Sempre ritmo e cristalino,
desaguando para se juntar a poesia
Já não me pulso mais com
a frequência do meu peito
Mas não deixo de deixá-lo inflamar
Queimar-se em qualquer fogo
me incendiar
Vida que tenho, senhora,
é só essa
Mas vou deixando esse peito sossegar

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Bússola

Jogue fora a armadura
Meus conceitos e loucuras
Jogue fora tudo que me faz lembrar..
Qualquer nota ou espelho
Uma foto ou qualquer meio
Qualquer jeito insuspeito
que me leve a pensar

Ando o tempo em melodia
Vida e mar é maresia
Mas nessa monotonia
a tempestade é o meu lugar
Joga a sorte pelo vento
Eu ando no teu movimento
Aponta a direção no dedo
que a bússola mostrar