quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Já não me impulsiono mais no
pulso do meu coração
Agora pondero, não mais deliro
Às vezes deliro de tanto ponderar
Não tento me achar,
me esvario
Em qualquer rua, quaisquer águas
qualquer esquina...
Me entrego pra mim mesma
como escoa um rio
Sempre ritmo e cristalino,
desaguando para se juntar a poesia
Já não me pulso mais com
a frequência do meu peito
Mas não deixo de deixá-lo inflamar
Queimar-se em qualquer fogo
me incendiar
Vida que tenho, senhora,
é só essa
Mas vou deixando esse peito sossegar

Um comentário:

Cláudio Martins disse...

Um coração que pulsa só é um coração que desafina...

Bonito né?

Nada a ver com o texto, mas bonito =]