sexta-feira, 15 de maio de 2009

Meu barco sou eu

É esse meu eterno leva e traz que leva e traz inúmeras partes de mim, que faz esse pobre barquinho hora querer ancorar, muitas horas querer partir, mas que faz um não saber eterno sobre onde se ganha mais, se partindo para mares ou se fincando aqui suas âncoras. E se eu sou imprevisto e voluptuosidade é só por esse meu peito marinheiro continuar a querer pulsar, o mar é tudo que me alimenta, de água, de peixe, de vários mares encontrar, parar de navegar é delírio e morte, é retirar das minhas veias a água salgada e fazer do meu coração leviano apenas concha, fincada na areia.
E se querem saber quem eu sou é só preparar a bagagem, nessa minha viagem não cabem sonhos, nada de planos, esqueça o leme também, eu só vou a favor do vento procurando num destino incerto apenas a hora certa de chegar.

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