segunda-feira, 23 de junho de 2008

Lar, doce Larissa

Palavras espremidas do sertão das minhas falas
Ditas, cuspidas na sala e juntadas do chão
Pois não sou poeta, não sou cantor
Não sou artista, nem compositor
Mas tenho o mote, o lápis e o apontador
E um coração

Gotas espremidas do sertão do meu querer
Pingadas, escorridas pelo meu deserto profano
Afogando suas mágoas e lavando sua alma
Trazendo tempestade onde antes tinha calma
E tornando o que antes cabia numa palma
Em oceano

Faço verso, faço arte
Faço juras e faço verdades
Faço tudo pra não errar
Mas erro mais e mais
Faço guerra e faço paz
Enquanto você me faz

Se sou o que agora sou
É porque fui forjado no teu calor
Se onde havia pedra, hoje há emoção
É porque me esculpiu no carinho de tua mão
E além de tudo você ainda faz
Um oceano em meu coração


Cláudio Roberto Martins

Um comentário:

Larissa Di Leo disse...

Poema de uma pessoa especial, grande amigo, amante, pai e filho.. Portador de grande parte de mim.